Mundo, eu te amo.

Abrir meu coração ao sol. Ver o pôr-do-sol. Ter bons amigos, bons amores. Sonhos tão básicos, mas quase impossíveis de se alcançar. Quase sempre estamos acompanhados, mas nunca estamos relacionados. Estamos sempre sós, deixamo-nos os interesses que temos pela vida ao lado. Coisas simples são deixadas para trás. Acho que iremos viver tempos que as pessoas mais solitárias são as mais felizes, errôneamente. É tão difícil se encontrar a outra pessoa... É tão difícil ser você mesmo. As pessoas julgam, ameaçam e invejam as pessoas que se declaram para o mundo. Uma pessoa não pode mais ter amigos, não pode mais viver romances, infelizmente. Eu gostaria de ver o nascer-do-sol, o pôr-do-sol ao lado da pessoa que eu gosto, ao lado de bons amigos e com milhares de histórias para contar. Quem não gostaria? Na realidade, é tão fácil conseguir isto, mas para conseguir isto é preciso ser livre e nós não somos livres, somos prisioneiros do mundo que habitamos, por nossa própria culpa. Isso é tão bom que preferimos sermos miseráveis e solitários a deixar o orgulho de lado, o medo do ridículo de lado, a vergonha a nos declararmos. Por isso, eu me declaro. Mundo, eu te amo.